quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A Pílula do Esquecimento


Saiu na Super deste mês sobre a pílula do esquecimento. Hoje se você escrever pílula e esquecimento do Google os resultados serão apenas de pílulas anticoncepcionais.

Mas vamos lá, diz a revista que é possível "apagar" determinadas lembranças sem comprometer outras. Uma linha de estudo se concentra na proteína PKMzeta, que já é muito conhecida dos cientistas. Porém eles ainda não sabem controlar com eficiência a inibição desta proteína.

Um outro jeito seria tentar modificar a lembrança, tirando a emoção associada a esta memória, ou seja, você continua lembrando o que houve de ruim no passado, porém as emoções negativas associadas a esta lembrança não seria mais um trauma. Os cientistas perceberam um efeito colateral de um remédio para pressão alta, o propranolol. Ele modifica as memórias armazenadas no cérebro inibindo a atividade de um neurotransmissor, a norepinefrina.

Aqui no Brasil os pesquisadores da Unifesp investigam a ação do topiramato, um anticonvulsivante que inibe a ação de um outro neurotransmissor, o glutamato, que age na região do hipocampo - região do cérebro que coordena o processo de formação das memórias.

Alguém se lembra do filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças? Pois é, apesar destas pesquisas estarem avançando, surge também a questão ética de alterar ou apagar memórias. Fica aí mais um tema para discussão.

Fonte: Superinteressante Edição 310 - Outubro/2012 - Pág. 68

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