"SAUDADE... Que será... Eu não sei... Tenho buscado em certos dicionários poeirentos e antigos e outros livros que ocultam o significado dessa doce palavra de perfis ambíguos.
Dizem que as montanhas são azuis como ela, que nela empalidecem longínquos amores, e um nobre e bom amigo meu (e das estrelas) nomeia com os cílios e as mãos em tremores.
E no Eça de Queiroz sem olhar a adivinho, o segredo se evade em sua doçura e sede, como essa mariposa, corpo em desalinho, sempre longe -- tão longe! -- de minhas calmas redes.
Saudade... tens, vizinho, o real significado dessa palavra branca que como um peixe se evade? Não... treme na boca seu tremor delicado...
Saudade..."
Pablo Neruda
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